MONTANELLI, I. História dos gregos. São Paulo: IBRASA, 1968

Nome : Andressa Caroline de Souza

Resenha:
O jornalista italiano Indro Montanelli em sua obra “ História dos Gregos “, utiliza uma linguagem jornalística para que seus leitores, leiam essa, obra como se estivessem vendo manchetes, o autor traz uma história viva, com o intuito de despertar o interesse pela história. O livro não traz nenhum fato novo.

O autor começa por relatar as descobertas arqueológicas que deixaram os historiadores surpresos por acharem se tratar apenas de mitos da cultura daquele região, Tróia. Foi descoberta por uma pessoas que não tinham nenhum conhecimento na área de arqueologia. Tróia, uma suposta lenda que desde a infância fascinou o alemão Henrique Schlieman realmente existiu, apenas com um livro da Odisséia, que contava como foi a volta de Ulisses para casa após essa guerra que durou 10anos. O comerciante foi para o local aonde o livro relata que ficava a cidade. Outra grande descoberta foi descoberta foi a do arqueólogo inglês Evans que encontrou objetos em pequenos bazares em Atenas que ele achava que pertencia a cidade de Creta. Ele comprou um pedaço de terra contratou um grupo de escavadores, e encontrou os restos do palácio de Minos que localizava se na cidade de Cnossos, conhecido por acharem que era a morada do minotauro, criatura metade homem metade touro. Creta foi a primeira civilização que se desenvolveu na Europa e influenciou as futuras civilizações da Grécia foi lá que Licurgo e sólon ,usaram, o modelo cretense para fazer suas constituições.

O autor analisa a vida na polis ou seja cidades-estados nunca conseguiram tornar se uma nação, pelo fato de se acharem que eram uma raça pura, mas a Grécia já tinha sido ocupada por outros povos(dórios aqueus , pelagios) eles tinham algo em comum a língua , mas não se sabe qual dos três povos que se instalou na grega falava esta língua .

Montanelli faz uma análise sobre as cidades de Atenas e Esparta e sobre o sistema político que vigorava , de Licurgo a Sólon.

Esparta significava “ a dispersa “ por era resultado do agrupamento de cinco vilas. Esparta não tinha um exército ela era o próprio. As crianças espartanas que nascessem com problema físico era jogado de um desfiladeiro e os outros recém nascido eram deixados ao relento para que somente os mais fortes sobrevivessem. Aos sete anos de idade os garotos eram mandados para um colégio militar aonde aprendiam a combater, sabiam ler e escrever e tinham aula de canto mas só podiam cantar em coral para manter a disciplina, ficavam vivendo em barracas até os trinta anos e tendo que conseguir sua própria comida, se até os trinta e três anos ainda estivassem vivos podiam voltar para suas casas e cassarem. As mulheres tinham que competir nua para que os homens escolhessem as melhores. Os maridos eram obrigados a suportar as traições se o amante fosse mais alto e mais forte. Os espartanos quando iam para guerra suas mães cantavam “volta com seu escudo ou por cima dele “, por os seus escudos eram muito pesados que para fugir era necessário joga lo fora e se morressem era utilizado para carregar seu corpo.

Atenas tem esse nome no plural por ela é a unificação de várias aldeias. Atenas era dominada por uma aristocracia hereditária a dos eupatridas ou bem nascidos. Sólon também é um eupatridas, mas não se interessava pela política o que não impediu da classe média o candidatar, aos quarenta anos ele foi eleito e causou a revolução no sistema político ateniense. Atenas tornou se uma democracia modelo, com a divisão de sua população em classes sociais.


Título do trecho selecionado: “A função dos deuses gregos”

Trecho selecionado: A história política da Grécia, é portanto, a de muitos pequenos estados geralmente composto de uma só cidade-estado, com poucos hectares de terra ao seu redor. Não formavam nunca uma nação. Mas duas coisas fizeram deles o que chamamos uma civilização: a língua comum a todos, sobre posta aos dialetos particulares, e a religião nacional , acima de certas crenças e cultos locais.

O centro de cada uma dessas cidades-estado era constituídos pelo templo que surgia em honra do deus ou deusa protetora. Atenas venerava Atena; Elêusis, Deméter Éfeso, Ártemis; e assim por diante. Só os cidadãos tinha direito de entrar nessas catedrais e participar dos ritos aí celebrados. Era um privilégio de que mais questão faziam. Todos os grandes atos da vida – nascimento, casamento, morte – deviam ser consagrado. Como em todas as sociedades primitivas, toda a autoridade – desde o pai sobre a família à do arconte sobre os cidadãos – devia ser “ungida pelo senhor”. isto é exercida em nome de um deuses. E havia deuses para personificar cada virtude , cada fenômeno da terra ou do céu, cada sucesso, cada desventura, cada atividade e cada profissão.

Os próprios gregos jamais conseguiram por ordem e estabelecer hierarquia entre seus patronos, em nome dos quais até fizeram muitas guerras entre si reclamando cada um sua superioridade de seus deus. Povo algum jamais inventou, blasfemou e adorou deuses em tanta quantidade. “Não há pessoa no mundo – dizia Hesíodo, tido como pessoa competente – que possa recordá-los todos.” Tal abundância é devida à mescla de raça – pelágica, aquéia e dórica – que superpuseram na Grécia, invadindo-a em ondas sucessivas. Cada uma trazia consigo seus próprios deuses sem destruir os que já estavam estalados. Cada povo conquistador degolou certo número de mortais mas não quis nada com os imortais. Adotou-os ou pelo menos, deixou-os sobreviver de modo que interminável família dos deuses está divida em camada geológica, que vão desde as mais antigas às mais recentes.

Os primeiros são os autóctones, os das populações pelágicas ordinária dos locais. Reconhecemo-los por serem mais terrestres da que celeste. À sua frente está Géia, que é a própria terra, sempre grávida ou amamentando, como uma camponesa. Segue-se ao menos um milhar de divindades subalternas, que moram em cavernas, árvores e rios. Um poeta da época lamentava: “já não se sabe aonde esconder um alqueire de trigo, todo buraco está ocupado por um deus.”

Todo e qualquer vento se personifica num deus. Fossem frios como noto e o euro, ou tépidos como o Zéfiro, divertiam-se em agitar os cabelos das Náiades que povoavam torrentes e lagos perseguidas por pã, o infiel roubador de corações, que as encantava com sua flauta. Havia os castos, como Ártemis. Mas havia os francamente indecentes, como Deméter, Dionísio e Hermes, pedindo práticas de culto que hoje seriam punidas como evidentes ultrajes ao pudor. Havia, enfim os mais pavorosos e ameaçadores como o arco da fábula: os que habitavam debaixo da terra. Os gregos procuravam torná-los bonzinhos, dando-lhes nomes bonitos e afetuosos. Chamavam-se por exemplo, de melíquios, ‘o benévolo”, a um certo ctônio, serpente monstruosa: Hades, irmão de Zeus, a quem por empreitada se lhe haviam dados os mais baixos serviços, foi rebaixado como plutão e chamado de deus da abundância. Mas o mais pavoroso era Hécate, a deusa do mau olhado, a quem se sacrificavam bonecas de madeira esperando que seus quebrantes se limitassem a elas.

Como dissemos o Olimpo isto é a idéia , de que os deuses morassem no céu e não na terra, foi traduzido à Grécia pelos aquéus. Os novos donos quando chegaram a Delfos, encontravam a maior templo dedicado a Géia. Substituíram na por Zeus. Pouco a pouco impuseram no ao resto do país os deuses celestes sobre os terrenos sem porem os destruírem. Formaram se duas religiões: a dos conquistadores , que constituíam a aristocracia dominante, com castelos e palácios, rezando voltados para cima ; e a do povinho subjugado que em suas cabaninhas de barro e palha rezava olhando para baixo.

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