CASSON, L.O Antigo Egito Rio de Janeiro. José Olympio, 1971

Nome: Andressa Caroline de Souza

Resenha:
Nesta obra o autor Leonel Casson faz uma análise do antigo Egito, sua terra, seu povo, seu Rei deus e sua vida após a morte. O Egito é sempre lembrado por suas imponentes construções, neste livro o autor busca fazer um relato que vai além de múmias e pirâmides ,vai mais fundo na cultura desse povo tão fascinante.

Umas das maiores riquezas dos Egípcios era o rio Nilo dele vinha a base que sustentava esse país, com suas cheias estáveis. As após baixarem deixavam em suas margem lodo e limo que deixava o solo pronto para o plantio. O principal produto cultivado era o trigo, que era até exportado, com isso impulsionava a economia do Egito, o pais também se destacava nos transportes aquáticos e nas técnicas agrícolas.

A religião estava presente em todos os setores da vida dos egípcios: social política e economicamente. Tudo o que acontecia era atribuído a um deus que ia desde as cheias do Nilo até a morte de um animal no campo. A figuras desses deuses era assemelhada a geralmente a um animal (Hórus corpo de homem cabeça de falcão , Anúbis corpo de homem cabeça de chacal), o Egito sempre contou com a presença de vários deuses por ser formadas por um grupo de aldeias agrícolas.

Acreditavam na vida após a morte por esse motivos mumificavam seus mortos e preparavam seus túmulos ainda em vida, as pirâmides eram equipada com tudo que o faraó ou nobre iriam precisar depois de sua passagem para o outro lado. todo seu tesouros e estátuas que representariam seus mortos essa pirâmide era decorada mas é sempre inacabada pois se a pirâmide fosse terminada é o mesmo que significasse sua morte em vida.

A civilização egípcia era muito bem organizada e por essa organização tornou se um estado dominante esse pais tinha seu poder concentrado na mão do Faraó (rei- deus ), ele era responsável em comandar seu exercito desempenha seu papel no campo da religião e no estado fiscalizava suas obras públicas.

Leonel Casson também fala sobre a magnitude de suas construções. Logo que subia ao poder o Faraó tratava imediatamente de deixar seu nome nas as gerações vindouras como imensas estátuas templos até mesmo seus túmulos (pirâmides), gravadas nas paredes dessas câmaras mortuárias encontravam se uma serie de relatos de fotos históricos, biografias e preces mas no entanto essas inscrições eram no sua maioria abreviadas.

Depois de 1100 a .c, começa o declínio dessa forte potência política. Houve de certa forma uma divisão, a população entrou em período de caos, mas também teve uma época de prosperidade mas não se compara com a riqueza de antigamente. Era o final desse rico império

Com tudo isso o Egito passa a se dominado por um estrangeiros. Sheshonk e seu reinado foi aceito com um pouco de resistência, mas foi com ele que, a partir da 22 dinastia, que o Egito recuperou um pouco de seu prestigio começou uma campanha expansão invadindo a palestina que já se podia considerar um potência digna de respeito. Mas no reinado de sheshonk que houve uma disputa entre os sacerdote de Tebas e da corte os príncipes locais afirmavam sua autonomia, divido e fraco ele era um alvo fácil para os invasores.


Título do trecho selecionado: Os egípcios e a religião

Os egípcios na sua maioria independentemente do deus que rendessem culto, viam o nascimento do mundo como a elevação de um monte de terra do meio do caos das águas primitivas – uma imagem sem dúvidas sugerida pela emergência dos pontos altos da terra quando começava a vazante do Nilo. Os sacerdotes de Mênfis, Heliópolis, Hermópolis e Tebas e reclamam para suas respectivas cidades a localização desse monte primitivo.

As religiões têm um conteúdo moral ao lado dos objetos do culto, e a moral básica dos egípcios tinha o nome de maat. É quase impossível traduzir a palavra com exatidão, mas ela envolvia uma combinação de idéias como “ordem”, “verdade”, “justiça” e “retidão. Considerava se o maat uma qualidade não dos homens mas do mundo, infundida neste pelos deuses no momento da criação. Assim sendo representava a vontade dos deuses. A pessoa se esforçava por agir de acordo com a vontade divina por que era essa a única maneira de ficar em harmonia com os deuses. Para o camponês egípcio, maat significava trabalho árduo e honesto para o funcionário, significa agir com justiça.

Durante as amargas dificuldades e a desilusão que flagelavam o primeiro período intermediário, surgiu por instantes a idéia de que maat não era apenas uma qualidade passiva inerente ao mundo, mas que o súditos do rei- deus tinham o direito de esperar que fosse praticada. Isso representava um passo para o desenvolvimento de um conceito de justiça social mas não sobreviveu por muito tempo. Logo que o médio império restabeleceu a prosperidade do Egito, a vida voltou na ser tranqüila e o povo esqueceu as preocupações sobre como o maat deveria ser conservada.

Concebia como uma certa qualidade passivamente inerente à natureza do mundo, a maat tinha limitações. Desde que era a obra dos deuses e não da consciência dos homens, esperava se que mantivessem a imutável perfeição, dada pelos deuses, do mundo e da sociedade. Isso excluía qualquer crítica séria da estrutura da sociedade de qualquer possibilidade de reformá-la. O mundo e tudo o que nele havia tinha sido criado pelos deuses exatamente da forma que eles queriam. Tudo era portanto como devia ser – fixo eterno e próprio. A guerra, a peste e a seca significavam apenas simples perturbações temporárias de ordem cósmica estabelecida. Uma vez que o mundo tinha sido como deveria ser desde o momento da criação, não era possível por definição ter havido uma época melhor, na mitologia egípcia não havia Jardim do Éden nem uma Idade de Ouro passada, nem o fim do mundo. A mesma atitude determinava a concepção que os egípcios tinham da morte e a importância que lhes atribuíam. Suas crenças sobre a vida de além-túmulo como as que diziam respeito aos deuses, tinham velhas raízes no vale do Nilo. Sepulturas da era neolítica revelam instrumentos e víveres deixados ao lado dos mortos, objetos que só podiam mostrar a intenção de seres usados pelo falecido. Os egípcios encarnavam o além como uma repetição dos melhores momentos do existência terrena. Nada havia de mórbido na sua preocupação constante com a morte. Preparavam se para ela com entusiasmo e confiança.

Até o momento final, todo o egípcio de posses tratava da preparação do túmulo para eternidade e dos objetos com que deveria equipa-los. Quando se tratava de um faraó ou nobre o túmulo podia levar anos ou até decênios para ficar pronto. Ordenava se que os artistas pintassem nas paredes ou reproduzissem em modelos de madeira as atividades que esse faraó ou nobre esperava exercer.

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