Os Fenícios - do Líbano até os limites do Mundo


Nunca, no período pré-cristão (séc. 9 a.C.), as cidades do litoral libanês tinham acumulado tantas riquezas, nem jamais fora tão incontestada a sua posição de predomínio sobre os mares. Enormes riquezas eram empilhadas nas caixas fortes de Tiro, Sídon e Biblos. [...]

Tiro, uma casa dos deuses

É claro que essa prosperidade tinha de provocar olhares de inveja das nações vizinhas. "Visto como se ele­va ateu coração",diz o Jeová de Ezequiel ao rei de Tiro, "e dizes: Eu soou Deus, sobre a cadeira de Deus me assen­to no meio dos mares ... Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste o teu poder, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros ... no teu comércio aumentaste o teu poder, e eleva-se o teu coração por causa do teu poder" (Ez. 28, 2-5). Em outra passagem o profeta compara a cidade a um navio da "mais completa formosura", e continua:

"Fabricaram todos os teus conveses de faias de Senir (um pico do maciço de Hermon); trouxeram cedros do Líbano para fazerem mastros para ti. .. Os moradores de Sídon e de Arvade foram os teus remeiros; os teus sábios, ó Tiro, que se achavam em ti, esses foram os teus pilotos. Os anciãos de Gebal e seus sábios foram em ti os que con­sertavam as tuas fendas" (Ez. 27, 4-9).

Se a gente aceitar esse panfleto lírico ao pé da le­tra, pode-se conceber a imagem de uma metrópole cujo resplandecente esplendor deve ter mantido nas sombras todas as outras das proximidades. Ao que parece; Tiro dis­tinguiu-se até mesmo entre as demais cidades fenícias das vizinhanças, que provavelmente estavam sob o seu domí­nio. Seja como for, Ezequiel considera os habitantes de Arvade e de Sídon nada mais do que serviçais da poderosa cidade-irmã e mesmo aos cidadãos da digna cidade de Bi­blos não concede mais que um papel de meros assessores na corte tíria. Ao que consta, cabia a eles reparar os danos das naves, o que, interpretado em linguagem corrente, significa que eles exerciam atividades de empresários, de di­rigentes de estaleiros e de engenheiros.

Naquele tempo, parece que até mesmo o deus da cidade de Tiro, Melcart, deixava na sombra todos os outros deuses fenícios, uma prova a mais da posição vanguardeira de sua cidade natal. Este deus era reconhecido até na ara­maica Damasco, que Tiro considerava. seu porto de expor­tacão. Ben-Adad I, senhor dessa metrópole, mandou erigir por volta de 850 a.C., nas proximidades de Alepo, uma co­luna em honra de Melcart, pela qual informava que ele venerava o deus ali representado. Fazendo isso, ele deixou para a posteridade a mais antiga das imagens co­nhecidas que representam Melcart. Ela mostra um homem seminu, com a cabeça coberta por um chapéu cônicoe um machado sobre o ombro. Em Tiro Jamais se encontrou algo semelhante. Aliás, também já parece não haver nenhuma possibilidade de se reconstruir o plano primitivo dessa cidade.

Uma "Manhattan" fenícia

Apesar de todos os esforços despendidos, até hoje os arqueólogos não conseguiram descobrir nem o lugar onde Melcart era venerado em Tiro nem a forma como isso acontecia. A única coisa que sabem é que ele deve ter tido um templo magnífico. Uma das descrições que dele possuímos provém de Horácio, um clássico romano, que o visitou pouco mais de um século depois da morte de Hirão, a quem se atribui a sua construção. "Vi esse lugar sagra­do", diz Horácio, "ricamente decorado com um grande nú­mero de oferendas; entre outras coisas, havia no templo duas colunas, uma de puro ouro, a outra feita de esmeral­da, que à noite resplandeciam com grande brilho".

Ambas as colunas, que já tinham sido descritas por Heródoto e pelo discípulo de Aristóteles, Tyrtamos (tam­bém conhecido pelo nome de Teofrasto) e que, sob a de­nominação de Boaz e Joaquim, foram imitadas na constru­ção do templo de Jerusalém, são os pormenores mais citados dentro do templo. Agora, o que elas realmente sig­nificavam, continua a ser até hoje, entre os historiadores, um enigma sem solução. Há os que defendem a teoria de que a coluna de esmeralda - Tyrtamos diz que se trata da maior pedra de corúndio existente no mundo- era, na verdade (e só assim se poderia explicar seu esplendor), um tubo feito de vidro verde, no interior do qual havia uma chama acesa. Ninguém ousa acreditar na hipótese de que se tratava realmente de uma pedra preciosa. Da mesma maneira, há quem duvide de que a outra coluna era de ouro

Somente com relacão a uma coisa estão todos de as colunas procediam de duas pedras sagradas que, se encontravam sob uma árvore consagrada Em meio à pletora de boatos que a história foi acumulando, ambas transformaram-se em símbolos de uma riqueza de contos de fadas e de uma inaudita sa­cralidade.

Melcart, pode-se dizer com certeza, fez de sua cida­de uma Jerusalém fenícia, "o centro de. uma religião cujos adeptos mantinham os seus olhos ininterruptamente volta­dos para o seu templo", como escreve um historiador mo­derno. De lugares longínquos chegam oferendas ao templo, o deus recebe enfeites de metal nobre e de jóias, enfim, acumulam-se ali capitais de tal monta· que são postos à disposição na forma de empréstimos, caso alguém disso necessite. Por essa época, ainda não se conhecia a distin­ção entre templo e banco. Acredita-seque os fiéis distantes eram, em grande parte, comerciahtes tírios que haviam imigrado, mas que sabiam, e muito bem, fazer suas contas, caso um dia voltassem.

Portanto, o que se sabe do mais famoso lugarsagra­do de Tiro não vai além das descrições que nos deixaram alguns viajantes da Antiguidade. Menos conhecimentos ainda possuímos sobre outros templos famosos dos fení­cios, que também vêm citados aqui e aonde, por exem­plo, encontrava-se o templo de Aschera, com sua pedra que havia caído dos céus? Onde fora construído o de Baal­ Schamim, que também possuía uma coluna de ouro? Onde fora edificado o palácio real e a necrópole real? Qual a área, afinal, que a cidade de Uschu cobria no litoral e onde havia a passagem que dava acesso à ilha?

Desde o tempo em que Ernest Renan começou as suas escavações em Tiro, os arqueólogos já trouxeram à luz do dia cemitérios inteiros, estádios, templos e imponen­tes avenidas margeadas por colunas. Porém, apesar disso, tudo, não conseguiram extrair da areia nenhuma pedra que pudesse comprovar que fora trabalhada por um escultor da época dos fenícios. Os romanos, os bizantinos, os cruzados e os reis maometanos sempre acrescentaram uma e outra modificação a essa cidade. Quando Beirute começou a crescer, muitas pedras de Tiro foram usadas como entulho.

É assim que hoje -- graças a Estrabão - sabe-se apenas que Tiro, no início da era cristã, dava a impressão de ser ainda uma cidade admiravelmente moderna. Suas casas, escreve este geógrafo grego, eram ainda mais altas do que as de Roma, onde, por imposição da lei, sua altura estava limitada a vinte e um metros. Seja como for, isto significa que aquela cidade insular deve ter sido uma pe­quena Manhattan, dotada de uma série de arranha-céus de porte médio, do alto dos quais se descortinava o mar até alinha do horizonte.

Graças a fotografias aéreas e à geografia submarina conbece-se hoje, mais ou menos, os seus Iimites e seu enorme porto. Basta isto para comprovar que o jovem poe­ta grego Nonos (século V) não estava apenas escrevendo bobices poéticas ao comparar a cidade a uma menina-moça banhando-se no mar, abre ambos os braços (o cais do em meio às águas, enquanto. seus pés repousam nas margens. No mais, pode-se realmente acreditar que a sua delscrição Tiro romana ainda espelha indícios do antigo esplendor da época em que era fenícia. "ó cidade", excla­ma enfaticamente, "merecedora de que o mundo te guarde,. imagem da Terra, modelo do céu. Jamais me foi dado ver semelhante beleza. Que deus construiu estaci­dade? Que mão divina lhe deu essa forma?" Nonos não pode ter tirado essas impressões do nada, pois Ezequiel; que deve ter conhecido a antiga Tiro, tOrna-se· igualmente elegíaco, e festeja aquela metrópole dos negócios no pró­prio momento em que a amaldiçoa: "Estavas no Éden, jar­dim de. Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura; a sardônia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes eos ornamentos; no dia em que foste criada foram preparados ... Tu eras ... perfeita em formo­sura" (Ez. 28, 11-13).

Sidon, verde paraíso

Se tiro era bonita, Sídon não era menos formosa, embora de uma forma diferente. Sua decoração era menos espleindorosa que a da cidade vizinha. Era também me­do que a outra. Mas dava-se ao luxo de possuir grandes bairros de casas de campo, que ficavam meio atrás de seus jardins verdejantes. Os gregos denominavam Sídon de "o reino das flores" e costumavam a história do jardineiro Abdelonymus, que, justamente quando estava revolvendo a terra de um de seus canteiros,. foi procurado por uma delegação que veio lhe oferecer a coroa de rei da cidade.

Nas escavações que efetuaram nos antigos parques da cidade portuária, os pesquisadores da história dos feni­cios foram recompensados bem mais regiamente do que em trabalhos semelhantes realizados em Tiro. Em 1855, encontraram em Mogharat-Ablun, ao sul de Sídon, um sar­cófago de evidente estilo egípcio, em perfeito estado de conservação. Nele havia sido cinzelado um texto em idioma fenício esclarecendo que naquele lugar fora sepultado Eschmunasar, cuja soberania situa-se no sexto século antes de Cristo. Hoje em dia, essa impressionante obra-prima tornou-se uma das principais atrações do Museu Nacional de Arqueologia do Líbano, em Beirute, onde ombreia com os chamados "antropóides", que são urnas mortuárias es­culpidas em mármore branco, à semelhança de seres huma­nos. Essas urnas foram encontradas em Ain AI-Hilweh, nas periferias· de Sídon, a cidade-jardim. Naquele, museu está exposto também um sarcófago em forma de navio, originá­rio da época dos romanos, o qual apresenta, na sua face externa, a imagem em relevo de um veleiro com um só mastro e bordo elevado.

O que se sabe acerca de Arvade, a terceira entre as mais importantes cidades fenícías, e da antiga Berutaé bem menos ainda do que se conseguiu trazer à luz do dia com relação a Tiro e Sídon. Somente no caso de Biblos é que o quadro ganhou feições mais concretas. Acredita-se que essa cidade ombreava com suas vizinhas do Sul em riquezas, mas era menor o seu esplendor. Já àquela época cobria-lhe a pátina do tempo, domicílio que se transformara de gerações de mercadores tranqüilos e de sólidas finan­ças, cujos arquivos ainda abrigavam as reminiscências do período em que seus antepassados tinham vivido no Egito.

Se houve ou não cooperação entre essas cidades fenícias, e que formas assumiam essas relações, eis uma questão que pertence mais, ao terreno da especulação do que ao solo firme das coisas comprovadas. Segundo al­gumas hipóteses conhecidas, Tiro teria funcionado como o centro de uma espécie de aliança que congregava todas as Cidades fenícias. Seus membros, é claro, deviam sentir-se parte integrante de um só povo, embora pessoalmente viessem a se identificar apenas com a sua cidade natal. Supo­sições, nada mais que suposições. O único respaldo que as mantêm em pé é a ponderação de que deveria fazer sentido para os fenícios participarem de uma confederação desse gênero. Não era dos maiores o território sobre o qual essas cidades portuárias mantinham o seu domínio. Estendia-se, mais ou menos, de Akko, na região em que hoje se encontra Israel, até um ponto situado ao norte de Arvade, na Síria Meridional, correspondendo, a grosso modo, ao território da atual república do Líbano.

No sentido de seu comprimento, Isto não passa de um mini país que pode ser atravessado, de carro, em mais ou menos um dia de viagem. No sentido de sua lar­gura,um ciclista poderia cobrir o trajeto em apenas doze horas, caso não tivesse de enfrentar as montanhas existentes.

Uma hinterlândia, uma região interiorana, é coisa que os fenícios jamais possuíram. O âmbito de sua vida se circunscrevia ao litoral, constituído por uma estreita faixa apertada entre as encostas das montanhas e o Mediterrâneo. Naturalmente, o mar se tornou sua mais importante de via de comunicação mútua. Se não tivessem podido desse meio de entrosamento, diminutas seriam as possibilidades de que disporiam para manter relações entre si.

Quase todas essas cidades-estado encontravam-se espremidas entre dois impetuosos rios de montanha. Ar­vade jazia entre o Nahr Markieh e o Nahr el-Abrasch; Biblos, entre o Nahr el-Jaus e o Nahr Ibrahim; Beruta, entre o Nahr el-Kelb e o Nahr el-Damur; Sídon, entre o Nahr el-Awali e o Nahr el·Litani; Tiro, entre o Nahr el-Litani e os contrafortes Ras en Naqura, também denominados "a escada de Tiro", e Akko, entre esses contrafortes e o Yam Kinneret. Àquela época não existia nenhuma estrada que interligasse todos esses lugares, superando os empecilhos representados pelos rios. Somente quando os romanos aí chegaram é que essa estrada tornou-se realidade.

Portanto, para que de fato viesse a ser constituída uma aliança fenícia, era preciso que fosse superado um sem-número de obstáculos. É normal, aliás, que em cantões de extensão limitada floresçam mais as aspirações isola­cionistas e separatistas do que o desejo de constituir uma

unidade nacional de sentido global. Não há "prefeitinho" que não goste de destacar suas glórias e de aferrar-se às suas competências. Acabam também abusando do concei­to liberdade. Só que, à época dos fenícios, a "liberdade" que se tinha em mente não era aquela característica indi­vidual que hoje vinculamos a essa palavra· quando falamos de liberdade.

Eram reis, sem dúvida, mas não aristocratas

As cidades fenícias eram governadas por reis que - como no caso de Ahiram, de Biblos, cujo sarcófago foi descoberto por Montet- consideravam-se representantes terrestres" dos deuses. Os filhos de Ahiram, Ithobaal, Abibbaal, Jahimilk, Elibaal e Schipibaal - este último exer­ceu seu reinado por volta de 880 a.C. - falavam à poste­ridade, tal como sempre o fazia seu pai, em um tom que muito se assemelhava ao dos faraós. Sempre que se cons­truía algum edifício público durante o seu reinado, eles eram tidos como os construtores, e não a cidade, por exem­plo,ou a comunidade religiosa local.

"Este é o templo que foi levantado por Jahimilk, rei de Biblos", diz uma inscrição encontrada em DjebaiI. Que Baal-Schamim e Baal-Gebal, e toda a assembléia dos sagra­dos deuses de Biblos, prolonguem os seus dias de vida". Outro exemplo: "Esta é a estátua que Abibbaal,reide Biblos, filho de Jahimilk, rei de Biblos, mandou trazer do Egito para Baalat, sua deusa e senhora. Que ..." Mais um: "Este é o muro do templo que Schipibaal, rei de Biblo~, filho de Abibbaal, rei de Biblos, este filho de Jahimilk, rei de Biblos, mandou levantar em honra de Baalat-Gebal, sua deusa e senhora. Que ... "

Os dizeres são sempre os mesmos, igualmente as fórmulas. Nelas revelam-se os monarcas constituídos pela graça de deus ou os reis-sacerdotes. Dá-se ênfase ao prin­cípio dinástico, que, ao que parece, foi respeitado por um período de tempo relativamente longo em Biblos. Pelo me· nos até o citado ano de 880 a.C., quando ocupava o trono o último dos filhos de Ahiram de que temos notícia.

Mas o processo poderia ser também algo diferente. O exemplo foi colhido na história da cidade de Tiro. Segundo nos informa Josephus, esta cidade foi cenário, depois da morte de Abdastrus (o. nome foi latinizado), que era neto de Hirão, de sangrentas guerras palacianas, que ter­minaram por volta de 875 a.C., quando Ithobaal, que era sacerdote de Astartéiae pai de .Jezabel, assumiu o poder. Essas divergências (o cronista não deixa a. mínima dúvida a. esse respeito) correspondiam inteiramente à concepção que os autores românticos de histórias de horror costumam ter da história dos povos. Abdastrus foi vítima de uma conspiração de que participaram os quatro filhos de sua ama, portanto, seus irmãos de leite. As lutas foram se de­senvolvendo até que um tal de Astharymus foi assassinado por seu irmão, Phelles, ocasião em que o dito sacerdote se imiscuiu nos negócios, fundando uma dinastia que viria a durar perto de um século.

O que não se sabe ainda, pois não se passou do nível das especulações, é que estrutura ou organização so­cial existia sob os tronos que eram disputados da maneira descrita. Deve-se partir da pressuposição de que, no sen­tido clássico, não havia uma aristocracia, pois em parte alguma ·oferecia-se espaço à posse de grandes extensões de terra. Deste ponto de vista, pode-se dizer que os fení­cios jamais conheceram uma era feudal. Sua estrutura sem­pre foi burguesa. O destino das cidades era determinado por um patriciado de mercadores ricos, os quais, com toda a certeza, eram alvo das mais elevadas honrarias. Todo tra­balho cansativo estava a cargo de funcionários, e para os mais pesados havia os escravos.

Sempre que os patrícios permitiam que seus reis os atormentassem, isto ocorria apenas porque os monarcas representavam os deuses, os quais não admitiam nenhum tipo de brincadeira. Apesar disso. porém, acredita-se que em todas as cidades portuárias fenícias deva ter-se forma­do também uma poderosa oligarquia, com conselhos de anciãos, aos quais, ao mesmo tempo, exerciam a função de conselheiros supervisores das atividades das empresas co­merciais. Os negócios nunca deixaram de ser a base da existência fenícia, o que, naturalmente, antepunha certos limites naturais a qualquer ação arbitrária de um Tratando-se de dinheiro, o único padrão decisivo é o resul­tado da soma das parcelas em jogo, algo que não pode sofrer manipulação.

Esse fato tornava-se ainda mais relevante nas colô­nias fenícias. Cartago, a maior delas, provavelmente jamais foi agraciada com um rei. Por isso, seu governo tornou-se tão democrático como o de qualquer outra república de mercadores surgidas ao longo dos tempos. Votava quem, comprovadamente, possuía riquezas.

Mas existe ainda um outro traço que distingue os Estados cuja existência se baseia na dos empreendimentos mercantis: desde que ainda não tenham desenvolvido uma consciência imperialista, só a contragosto se metem em guerras. As guerras são caras, demasiadamente caras. É por isso que os moradores do Líbano se abstiveram quase completamente de se utiIizar desse instrumento político.

HERM, G. A Civilização dos Fenícios. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979.

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